O presidente do Singraf, Luiz Carlos Moraes, voltou da Drupa e destaca alguns pontos principais da maior feira do mundo do setor gráfico, que é realizada a cada quatro anos em Düsseldorf, na Alemanha e reúne os principais fabricantes de máquinas e equipamentos para o setor gráfico. Moraes participou da feira representando o Singraf acompanhado do empresário Osmar Antônio Leidens, do Conselho Fiscal da entidade.
Moraes aponta dois principais focos: o primeiro deles é o grande diferencial no que diz respeito à qualidade dos serviços, e o segundo, a automação presente na grande maioria das empresas expositoras. “Equipamentos todos têm, o grande diferencial está no serviço, nos trabalhos diferenciados e na utilização de recursos diferentes com o mesmo equipamento.
O serviço, o trabalho, o reticulado com vernizes, por exemplo, a qualidade foram o grande diferencial da Drupa 2012”, atesta o empresário. De acordo com Moraes, o ser diferente, o como fazer é o principal foco do mercado é o grande ganho. A máquina está chegando no limite, o que pode ser feito com ela, não. Deste modo, Moraes destaca sua preocupação com o futuro do setor em nossa região, já que nem todos puderam ver estas mudanças e tendências de perto. Muitas empresas não dispõem de recursos para adquirir máquinas como as expostas na Drupa e, assim, oferecer produtos cada vez mais diferenciados e refinados como o mercado exige.Mas, ao mesmo tempo em que revela a sua preocupação, o presidente do Singraf aponta soluções. “Os empresários precisam questionar métodos, equipamentos e resultados, seguir por outros vieses e buscar alternativas viáveis para competir em condições de igualdade com as grandes empresas”, diz ele.
Que alternativa seria esta? A principal delas, recorrer a maquinários que não os tradicionais, já que no mundo inteiro, atualmente, existem empresas fabricando máquinas que fazem exatamente o mesmo do que as de marcas tradicionais. “Como dito, máquinas todos têm, o que vem se destacando é a diferenciação nos produtos”, relembra Moraes. “Com a qualificação constante e crescente, eu vejo que todo o empresário gráfico tem que se especializar, buscar estas tecnologias, sob pena de ficar para trás”, alerta. Por isso o Singraf investe em cursos de qualidade, caros, mas com especialistas altamente qualificados. “É preciso saber fazer este diferencial”, ressalta Moraes, acrescentando que a área gráfica trabalha com a publicitária, cujos profissionais estão cada vez mais exigentes. “Quem estiver mais bem preparado vai sair na frente e ganhar a preferência”, conclui.
Portanto, conhecidas as tecnologias, promovidos eventos de formação, como ter acesso à tecnologia? Aos que tem esta dificuldade, podem e devem recorrer a empresas aqui do Brasil, que trazem equipamentos a preços bem acessíveis, de marcas conhecidas e de outras não tradicionais, oriundos de empresas que fecharam ou trocaram seus equipamentos, com garantia, e que inclusive proporcionam o treinamento, revela o presidente do Singraf, para quem esta é a grande saída para fazer frente à concorrência e para atender ao mercado da forma em que as exigências se apresentam. Desta forma, a empresa interessada pode competir em igualdade de condições com outras empresas, sem se comprometer demais financeiramente, e assim oferecer a mesma qualidade.
Igualmente importante: o Singraf tem conhecimento dessas empresas e se dispõe a trazer seus representantes para mostrar seus produtos. “Deste modo, todos terão acesso à tecnologia de ponta, podendo disponibilizar um trabalho diferenciado e começando sem comprometer a saúde financeira da empresa”, destaca. A respeito das empresas que trazem os equipamentos a preços que chegam a ser 50% mais baratos que máquinas novas de marcas tradicionais, Moraes destaca que se tratam de instituições idôneas, bem estruturadas, que podem levar o empresário para ver o equipamento antes de comprar, bem como providenciar seu treinamento.
Para chegar a este ponto, diz Moraes, os associados precisam se mostrar dispostos a evoluir, investir em qualificação, de modo que o setor se torne mais competitivo. “Venha participar: se disponha a dar um salto de qualidade. A variedade de equipamentos é muito grande e as oportunidades também”, entusiasma-se o presidente do Singraf. Ele volta a repetir que o Singraf foca suas ações no sentido de melhor qualificar os empresários e suas empresas. “Mercado, gestão, qualidade, tecnologia, este é o nosso papel como entidade”, destaca, lembrando que um novo mercado, com tecnologia de ponta e trabalhos do mais alto nível já é uma realidade entre nós. “Os maiores já estão habilitados.
Temos que nos preocupar em atender esse mercado exigente”, pondera. “Vamos convidar alguns fabricantes expositores da Drupa para vir pessoalmente nos trazer, aqui em Caxias do Sul, essa visão de futuro, reforçar os conceitos e mostrar para onde está caminhando a indústria gráfica”. Para Moraes, isso tudo é necessário para facilitar caminhos e apontar tendências, que incluem holografia, 3D, aplicação de vernizes diferenciados, impressão digital cada vez mais utilizada, maquinários mais sofisticados, para atender as exigências que o mercado está pedindo.
O outro ponto importante visto e destacado por Moraes na Drupa foi a automação de processos. “Com esses equipamentos chegou-se a tal ponto que numa determinada máquina entra de um lado uma bobina de papel e do outro sai um livro pronto, utilizando-se apenas dois funcionários, um em cada lado da máquina”, revela, acrescentando que a automação em larga escala é, também, uma das principais tendências do setor. Para o dirigente empresarial, o mercado está evoluindo rapidamente e o Singraf está atento a estas tendências, como: automação em todas as áreas, busca de um trabalho diferenciado, equipamentos adequados, otimização da mão de obra, dentre outros. “O setor avança de forma veloz onde qualidade, agilidade e preço competitivo, já fazem toda a diferença”.