Uma festa que reuniu 250 pessoas na noite de 28 de junho, no restaurante Sica, junto à CIC de Caxias do Sul, marcou os 25 anos do Singraf. Na oportunidade foi entregue o troféu Mérito Gráfico a uma pessoa - o empresário Walter Kessler, ex-presidente da entidade, e a uma entidade - o Instituto Leonardo Murialdo, representado pelo seu presidente, o padre Ernesto Camerini.
Para contar e representar a história do Singraf foi organizada uma exposição intitulada “Imprimindo Histórias – 25 anos do Singraf”, exposta nas entrada do salão onde o jantar foi realizado.
O presidente do Singraf, Luiz Carlos Moraes enalteceu as bodas de prata da entidade, a criação do troféu e a exposição: “O Singraf se orgulha de ser o principal sindicato de indústrias gráficas do interior do Rio Grande do Sul. E não foi por acaso que chegamos a este patamar: atingimos esta posição porque nunca esquecemos de nossa história”.
De acordo com o dirigente, cada empresa, cada dirigente, cada diretoria e cada associado, todos foram, em seu devido tempo, de importância fundamental para que fosse construído um sindicato atuante e forte.
“Com este pensamento, nada mais justo que, no evento que marca nossas bodas de prata, premiar e valorizar pessoas e instituições que foram fundamentais para escrever a história da indústria gráfica não só de Caxias, mas de toda a nossa região. Foi justamente com este foco que nossa gestão instituiu o Mérito Gráfico, simbolizado por um troféu especialmente confeccionado para esta finalidade”, destacou Moraes. O objetivo é premiar aqueles que, pelos suas realizações, foram merecedores da distinção.
Moraes falou sobre a conjuntura política e econômica atual, chamando a atenção para um ponto que acha necessário todos estarem preparados para superar: “vislumbramos momentos de turbulência econômica tais os que afetam os países desenvolvidos”, alertou.
“Os movimentos sociais dos últimos dias vieram a se alinhar aos anseios e angústias dos empresários com a insuportável carga tributária, que só aumenta e tira a competitividade das nossas empresas, nos apequenando cada vez mais. Isto sem contar com a falta da contraprestação do serviço que deveríamos ter por arrecadar tantos tributos”.
Para Moraes, a voz das ruas se levantou e está dizendo que não aguenta mais pagar a conta: os salários estão se deteriorando, o poder de compra se exaurindo, a cobrança de tributos aumentando e os gastos com absurdos só se acumulam.
Apesar de tudo, Moraes deixou uma mensagem de otimismo: acreditem e apostem sempre. Trabalhar nunca é uma aposta em vão. Trabalhando acertamos sempre. E, ademais, todos nós já sabemos disso, porque nossa história é feita de muito trabalho e suor.
O empresário Walter Kessler se disse emocionado e grato com a lembrança para ser agraciado com o troféu. “Confesso que jamais imaginei que isto pudesse acontecer”.
Kessler fez um relato das realizações enquanto presidiu a entidade. “Participei com entusiasmo dos movimentos associativos, desde a União dos Gráficos Gutemberg, Abigraf, Associação das Indústrias Gráficas e Sindicato das Indústrias Gráficas da Região Nordeste do Rio Grande do Sul.
Ele ressalvou que nunca fez nada sozinho, tendo sempre contado com o apoio da diretoria e associados, além de bons colaboradores, cumprindo fielmente os estatutos e cuidando para que todos assim fizessem.
O empresário lembrou que em sua gestão foi adquirido espaço para a sede própria do sindicato e equipamentos conforme necessidade e disponibilidade. Também foram contratados cursos e palestras com especialistas em diversas áreas gráficas que tiveram grande aceitação dos associados. “Em minha vida, uso conselhos de meu pai certo dia falou: cuide duas vezes do que é teu e quatro vezes do que a ti for confiado”, enfatizou, agradecendo ao presidente Luiz Carlos Moraes e a todos os membros da diretoria por lhe terem propiciado tamanha alegria.
O padre Ernesto Camerini manifestou-se representando o Instituto Leonardo Murialdo, também ganhador do troféu. “são 65 anos de história carregados de muito trabalho, dedicação e sonho”.
Tudo começou em 1947 quando foi dado início às atividades gráficas, nas quais os meninos participavam do trabalho e aprendiam uma profissão. Na época, o Abrigo de Menores São José tinha apenas um ano.
O padre disse que era tudo muito simples, mas que os religiosos josefinos tinham assumido a missão de cuidar e profissionalizar quem mais precisava. Para isso, foi adquirida uma pequena tipografia. Na gráfica, os alunos aprendiam encadernação, talonagem, composição manual, mecânica e impressão.
“Há de se ressaltar que muitos profissionais gráficos que atuam no mercado de trabalho em Caxias do Sul tiveram sua escola na conhecida “Gráfica do Abrigo”.
O tempo foi passando, e a Gráfica do Abrigo se tornou Gráfica Murialdo. passou da tipografia para impressão offset, do acabamento manual para o automático, investindo em novas e modernas tecnologias.
O padre dedicou a homenagem a todos os que fizeram história no Instituto Leonardo Murialdo. “Aqui se celebra o sucesso de parcerias, sonhos e trabalho”.